No início da década de 1950, os carros desportivos europeus com seus designes arrojados faziam sucesso pelo mundo inteiro, enquanto que o mercado americano só possuía representantes como pesados Cadillacs e Buicks. Nesse período a General Motors atravessava um momento crítico, tendo sua rival, a Ford, superado suas vendas na América do Norte por dois anos consecutivos. Os diretores do grupo sabiam que tinham de pensar em algo para retomar o crescimento. Tom Keating, executivo geral da Chevrolet, tinha em mente um novo carro para a colocar de volta à primeira posição no mercado.
Em junho de 1951 era iniciado o projeto Opel. A princípio o carro se chamaria Korvette, palavra homófona de Corvette (corveta), em referência à pequena e veloz embarcação de escolta da Marinha inglesa. Mais tarde optaram pelo nome Corvette.
Em 1952, engenheiro-chefe de motores da GM, Ed Cole, e o especialista em chassis Maurice Olley trabalharam juntos no protótipo EX-122. Harley Earl, chefe de design, baseou seu modelo em carros de corrida europeus.
Em 17 de janeiro de 1953 foi apresentado em Nova York o primeiro modelo do Corvette que surpreendeu o público. Era um carro diferente dos padrões americanos: pequeno, baixo, com visual limpo e desportivo. Embora baseado em desportivos europeus, possuía traços do desenho americano: com lanternas na ponta de um pequeno rabo-de-peixe, era branco com o interior revestido de couro vermelho.
C1
Existem seis gerações de Corvettes. As gerações podem ser referidas da versão C1 até C6, mas a primeira geração é mais comummente referida como solid-axle (eixo rígido), pelo fato de a Suspensão Traseira Independente (STI) não estar disponível até 1963. A primeira geração começou em 1953 e terminou em 1963.A C1 era equipada inicialmente com motor de 235 polegadas cúbicas (3.859 cm³), seis cilindros em linha, e duas marchas no câmbio automático com tração traseira. Rendia 150 cv de Potência bruta, chegando a 170 km/h.
O conjunto era montado sob uma carroceria de plástico reforçado com fibra-de-vidro prensado, que resultava em um carro leve. Não fosse o novo material, pela primeira vez empregado na produção automobilística e que tinha o nome comercial de Fiberglass, o Corvette seria inviável por questão de volume de produção. Os freios a tambor nas quatro rodas e a suspensão, independente na frente e de eixo rígido na traseira, vinham de outros modelos da marca.
Zora Arkus-Duntov, o engenheiro-chefe da unidade Corvette desde 1955, preocupado com os baixos números de vendas e com o desempenho do modelo, reivindicou mudanças no modelo. Concorrentes como a Ferrari 410 S e o 375 America possuíam motores V12 com mais de 300 cv. Naquela mesma época, a Ford lançou o Thunderbird, com um V8 de 4,5 litros. Então a GM passou a trabalhar com um V8 de 265 pol³ (4.339 cm³), que fornecia 195 cv e alcançava 200 km/h.
Além disso foram adicionadas mais cores e a caixa automática de três velocidades, opcional. Após baixas vendas, a GM lança em 1956 o Corvette com significativas mudanças de estilo.
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